O restante da tarde seguiu mais tranquila do que Helena imaginava. Mesmo se esforçando para manter o descanso prometido, sua mente insistia em vagar — ora pensando em Eduardo, ora nos últimos acontecimentos e, em especial, nas possibilidades de futuro que pareciam cada vez mais reais.
Por volta das quatro da tarde, a campainha tocou novamente. Ao abrir a porta, Helena encontrou Vera segurando uma sacola de mercado e uma expressão decidida.
— Eu trouxe bolo. — Vera sorriu, entrando sem esperar convite. — E antes que você diga qualquer coisa, não, não é para te mimar. É só que... bem, eu também precisava de companhia hoje.
Helena riu, fechando a porta. — Eu não ia reclamar, juro. Bolo é sempre bem-vindo.
Vera se acomodou na cozinha, começando a tirar os itens da sacola.
— Trouxe chá de camomila, aquele que você gosta, e também pão de queijo. Achei que uma tarde tranquila combina com isso.
— Combina mesmo — respondeu, ajudando a arrumar tudo. — E... obrigada por pensar em mim.
— Ah, minh