Helena mal conseguia acompanhar a movimentação na sala. Os armários ainda estavam pela metade, e ela se esforçava para arrumar algumas coisas, enquanto Clara e Eduardo conversavam num canto. Mas seu corpo insistia em pedir pausa.
A cada minuto que passava, a sensação de cansaço aumentava. Sentia uma fraqueza estranha, diferente daquela exaustão comum que vira nos últimos dias. O calor subia em seu rosto e, de repente, precisou se apoiar na mesa para não cair.
— Helena? — Clara se aproximou, franzindo a testa. — Você está bem?
Ela forçou um sorriso, mas o rosto pálido denunciava o contrário.
— Acho que só tô cansada... muito cansada, sabe? Não sei o que está acontecendo comigo.
Eduardo largou a caixa que carregava e a observou preocupado.
— Você tem dormido direito? Comeu alguma coisa hoje?
— Dormir? Não muito. Estou tentando organizar tudo aqui, e quando paro, bate aquele sono que não passa. E comer, bem... não tô com muita fome.
Clara trocou um olhar com Eduardo.
— Helena, você está