Era quase dez horas da noite e Eduardo finalmente fechou a porta da sala de reuniões da Vasconcelos Corp. A conversa com Henrique ainda pesava na mente. O cansaço era evidente, mas a sensação de estarem diante de algo maior do que imaginavam não o deixava em paz — algo que poderia abalar as bases da família, principalmente a de Helena.
Henrique havia detalhado a investigação com cuidado, mostrando evidências sutis, mas suficientes para manter a atenção redobrada: acessos não autorizados de Marina a setores restritos, poderia fazer ela levantar suspeitas, porém os documentos apontavam para uma identidade falsa e um passado cuidadosamente escondido. Tudo isso deixava Eduardo em alerta, mas a maior preocupação permanecia com Helena.
Ele percebia, mesmo sem palavras, o quanto ela desconfiava da verdade. Via isso nos gestos contidos, nos olhares que se desviavam, nas perguntas que preferia guardar para si. Eduardo concordava com Henrique — ainda não era o momento de revelar tudo para e