A sala de reuniões parecia menor agora. O celular de Eduardo ainda estava sobre a mesa, a tela acesa com a mensagem ameaçadora — como um sussurro constante, venenoso, lembrando que Valentina estava mais perto do que nunca.
Helena passou a mão pelos cabelos, tentando organizar o caos dentro de si. O ataque ao sistema, a manipulação, a ameaça. Ser usada como porta de entrada para algo tão sombrio. E agora... aquilo pairando entre eles, como eletricidade no ar.
— A gente precisa agir logo — disse ela, firme. — Se ela fez isso uma vez, vai fazer de novo.
— Já acionei a equipe de segurança e os advogados — respondeu Eduardo, andando de um lado a outro feito uma fera prestes a explodir. — Mas a Valentina não joga limpo. Ela vai usar tudo. Tudo. E me conhece. Sabe exatamente onde atingir.
Ele parou, os olhos cravados nela.
— E agora quer transformar você em uma dessas fraquezas.
Helena ergueu o queixo, os olhos faiscando.
— Eu não sou fraqueza. Sou quem vai te ajudar a derrubar essa mulher.