Depois que Paulina saiu, como uma tempestade que deixa um rastro pesado mas não consegue destruir o que encontra pelo caminho, percebi que a mesa havia voltado a respirar. As meninas, uma a uma, voltaram a se sentar. Mariane se ajeitou ao meu lado, ainda de olhos faiscantes, como se estivesse pronta para me defender de novo caso fosse necessário.
Soltei o ar devagar, e logo o clima começou a se refazer. O garçom chegou trazendo mais um balde de bebidas e petiscos, como se o universo conspirasse para apagar a sombra do que havia acabado de acontecer.
— Agora que a bruxa já voou na vassoura dela, podemos voltar a rir, né? — Bianca disse, arrancando risadas gerais.
— Vassoura? — Júlia ergueu a sobrancelha, fingindo seriedade. — Aquela lá usa no máximo rodinho de pia, porque poder de bruxa não tem.
— Amiga, você precisa experimentar bebida, vai gostar. — Rafa disse e neguei.
— Tenho meus motivos para não gostar, prefiro isso aqui. — Levantei minha garrafa de água com gás.
— Então um bri