O intervalo da faculdade sempre foi um dos momentos favoritos do dia. Depois de tantas aulas, era como respirar fundo antes de mergulhar novamente no mar de conteúdos. Sentada no pátio, com um café morno nas mãos e o caderno aberto no colo, a vibração do celular fez o coração disparar.
O nome na tela: Dona Francisca.
— Oi, dona Francisca! — atendi imediatamente.
A voz do outro lado soava apressada, preocupada:
— Leandra, desculpa incomodar, mas acho que o Breno não está bem. Ele está com febre alta, já medi duas vezes.
Todo o corpo ficou em alerta.
— Como assim febre alta? Quanto? — a pergunta saiu mais rápida do que o pensamento.
— Passou dos trinta e oito e meio, quase trinta e nove. Ele está bem abatido, quietinho… — explicou.
O café perdeu completamente o gosto. O caderno foi fechado num impulso.
— Já estou indo para casa. — a resposta veio imediata, acompanhada do movimento apressado de se levantar.
Sem pensar duas vezes, as coisas foram enfiadas na mochila de qualquer jeito. O c