Gael Lubianco
Os seguranças abriram o portão, e o motorista estacionou o carro. O coração acelerava pelo simples fato de estar de volta, mas não anunciei a presença. O silêncio me deu a chance de observar sem ser notado. Foi então que os olhos encontraram a cena diante de mim: Leandra no jardim, os cabelos soltos brilhando sob a luz suave da manhã, o riso leve escapando de seus lábios enquanto encorajava Breno a dar os primeiros passos.
Fiquei imóvel, era como assistir a um milagre não apenas o de um filho erguendo-se para o mundo pela primeira vez, mas o de uma mulher que, sem perceber, se tornava cada vez mais parte de tudo o que havia de essencial.
Breno titubeou, apoiado pelas mãozinhas dela, e Bruno, esperto como sempre, batia palminhas para incentivar o irmão. Leandra, com a voz doce e infantil o incentivava
O menino, como se tivesse compreendido cada palavra, arriscou um passo desajeitado, depois outro, até cair sentado na grama. A cena seguinte foi inesperada: em vez do