Leandra Félix
Colocar os meninos para dormir sempre foi um dos meus momentos preferidos do dia. Era como se o mundo desacelerasse só para que eu pudesse observar Breno e Bruno relaxando nos próprios cobertores, respirando fundo, entregando-se ao sono com a inocência de quem não conhece medo, pressa ou dor.
Quando ajeitei o ursinho favorito de Bruno ao lado do travesseiro dele e conferi se o cobertor de Breno estava sobre os pés, voltei meu olhar para Gael. Ele estava parado na porta, encostado no batente, braços cruzados, me observando com aquele sorriso que sempre fazia meu estômago tremer.
— Eles estão crescendo rápido demais — sussurrei, quase sem som. — Cada dia duram menos no meu colo.
— Crescem, mas nunca deixam de ser nossos. — Ele respondeu baixinho, entrando no quarto para dar um beijo suave na testa dos dois. — E vamos ter mais duas para encher a casa de bagunça.
Sorri sozinha.
Depois que apagamos a luz, ficamos lado a lado, olhando os dois dormindo por alguns segundos, até