Quando ouvi a voz de Rafaelly pelo celular de Gael, senti o sangue ferver nas veias. Era uma mistura de raiva, incredulidade e desprezo.
— O que está fazendo com o celular do meu marido? — perguntei, tentando conter o tom, mas a irritação era evidente.
Ela soltou uma risadinha debochada do outro lado.
— Calma, meio maninha… — disse, enfatizando o “meio” como se quisesse me cutucar. — Vim apenas conversar com o meu cunhadinho querido.
Fechei os olhos, sentindo o estômago embrulhar.
— O que você está fazendo aí não me interessa. Passe o celular para o Gael agora.
— Infelizmente, não posso — respondeu com a voz melosa. — Ele foi resolver alguma coisa no quarto dos filhos e eu fiquei aqui, no escritório. Está com ciúmes?
Antes que eu pudesse responder, uma notificação apareceu na tela. Uma foto.
Meu coração quase parou. Era ela. De lingerie.
— Curtiu a foto? — perguntou rindo.
Senti minhas mãos tremerem. O calor subiu pelo meu rosto, e meu peito começou a arder.
— Que palhaçada é essa, Ra