Acordei com o som suave da chuva batendo na janela. O céu estava cinzento, e o ar tinha aquele cheiro fresco que só a manhã depois da chuva pode ter. Espreguicei-me devagar, sentindo uma pontada leve nas costas consequência das noites mal dormidas e, talvez, dos pensamentos que teimam em me visitar quando tento descansar.
Levantei e caminhei até a janela. As gotas escorriam pelo vidro, e lá fora tudo parecia mais calmo. Um novo dia começava, e eu precisava estar pronta para mais uma jornada no ateliê.
Fiz um café preto bem forte e o acompanhei com uma torrada simples, tentando espantar a preguiça. As lembranças de ontem ainda estavam frescas na minha mente, o encontro com Ethan, o sabor da coxinha misturada à pasta de amendoim e, acima de tudo, a leveza que senti ao rir depois de tanto tempo.
Era curioso como um simples gesto, um passeio despretensioso, podia aliviar tanto o coração. Eu me peguei sorrindo sozinha ao lembrar dele tentando pronunciar “coxinha” com sotaque. Era um som e