Pantera Narrando
Acordei com o sol batendo no rosto, a mente ainda fervendo com a troca de tiro da noite passada. Levantei, botei o pé no chão já com o sangue quente, porque nesse jogo aqui não tem descanso, não. A rua tá falando, e eu tenho que ouvir antes que falem mais alto que eu.
Desci pro movimento com o semblante fechado, todo mundo abriu caminho. O morro sente quando o clima pesa, e hoje o ar tava pesado demais. Blackout já colou do meu lado, perguntando com aquele olhar de quem quer saber se a guerra começou de vez.
— Fica ligeiro, irmão. O Caique tá achando que é esperto, tentou subir no sapatinho, mas tomou de frente com minha tropa. Só que eu sei... ele não tá sozinho nessa. Tem mais por trás, e eu vou descobrir quem.
Enquanto eu falava, minha mão já tava coçando pra pegar na peça. Porque se é pra jogar sujo, eu também sei jogar. Aqui é Pantera, cria da bala, da rua, da dor e do respeito. Mexeu com meu nome, vai ter que lidar com as consequência. E aviso não vai ter, vai