Nath narrando
Assim que a Janete bloqueou o celular e soltou aquele “amanhã começa o jogo”, eu só consegui encarar ela por uns segundos em silêncio. Parecia outra mulher ali na minha frente. Não era só a minha amiga que tinha passado por um inferno, era uma versão dela mais forte, mais afiada... pronta pra enfrentar qualquer coisa.
— Você tem certeza disso, né? — perguntei, mesmo já sabendo a resposta.
Ela me lançou aquele olhar firme, que não deixava espaço pra dúvida, e eu só balancei a cabeça, meio em choque, meio admirada.
— Se fosse comigo, eu não sei se teria essa coragem toda — confessei, me afundando no sofá.
Mas a verdade é que ver a Janete daquele jeito me acendia algo por dentro também. Um tipo de força que eu nem sabia que tinha. Porque no fundo, a gente aprende que não é só sobre reagir... é sobre assumir o controle.
— Qualquer coisa, você me chama. Eu vou tá lá, mesmo que seja de longe, observando tudo. — falei com firmeza. — Porque se tem uma coisa que ninguém vai faze