A mesa estava posta com simplicidade, mas tudo ali exalava intenção.
Dois pratos fundos com massa fresca mergulhada em um molho cremoso de cogumelos, taças de vinho tinto que refletiam a luz baixa da luminária, e no centro, uma vela solitária — ideia do Henrique, que tentou disfarçar com uma piada.
— Isso aqui tá bonito demais pra ser só um jantar, hein — Elize comentou, sentando-se com um sorriso de canto. — Já comecei a desconfiar.
Henrique sorriu e sentou à frente dela. Observava-a com atenção, mas fingia casualidade.
— Não me entrega logo de cara. Come primeiro, depois reclama.
Ela pegou o garfo, enrolou um pouco da massa e levou à boca. O olhar se acendeu logo na primeira garfada.
— Meu Deus, Henrique… isso aqui tá perfeito.
— É só frango com cogumelos.
— Não, não. É uma obra-prima de frango com cogumelos.
Ela levou outra garfada à boca, fechando os olhos por um segundo.
— Já conhecia sua habilidade com as mãos, mas essa também é muito boa. — E arqueou a sob