Henrique apenas soltou um suspiro, mas o canto dos lábios ainda denunciava o humor excelente. Rodrigo arregalou os olhos, deu dois passos pra dentro e apontou o dedo:
— Aconteceu! Eu sabia! MEU DEUS, ACONTECEU!
Henrique revirou os olhos e foi até a cafeteira com toda a calma do mundo.
— Fecha a porta, Rodrigo.
— Não acredito que você vai me deixar na curiosidade. Isso é crueldade.
— Isso é protocolo. Vai trabalhar.
Enquanto os dois se provocavam na sala, do outro lado do escritório, Elize tinha um foco completamente diferente: operação disfarce.
Entrou direto no banheiro e encarou o espelho.
Cabelo preso em um coque improvisado, maquiagem vencida, a camisa amassada do dia anterior... nada que água fria, base e batom não resolvessem.
Ainda era terça-feira. E pior: era Augusto-feira.
Ela respirou fundo, ajeitou o cabelo, conferiu o perfume, e saiu do banheiro como se tivesse acabado de sair de casa — e não da cobertura do chefe.
Arthur saía da sala de reuniões quand