Elize olhou pra ele por um segundo longo, como se estivesse considerando as consequências — e rindo de todas elas. Depois suspirou teatralmente e ergueu os braços.
— Então seja rápido, doutor. Mas saiba que se eu perder o emprego, você vai ter que me sustentar.
— Com todo prazer.
E com isso, ele a ergueu no colo de novo, como se fosse a primeira vez, desaparecendo com ela pelo quarto do apartamento, deixando para trás o silêncio e a calmaria daquele momento só deles.
Enquanto o sol começava a se levantar, trazendo um novo dia, Arthur seguia com seu carro, tranquilo, sem esperar surpresas naquela manhã.
Mas ao passar pela frente do prédio do escritório, seus olhos logo se fixaram na scooter vermelha, parada no lugar de sempre, despertando uma ponta de curiosidade que ele não sabia explicar.
— Olha só… — murmurou, com um sorriso de canto. — A Joaninha chegou cedo hoje.
Seguiu seu caminho até a recepção, cumprimentando Gloria com aquele charme natural.
— Bom dia, dona G