No elevador, o silêncio era só disfarce. O cheiro dele, o calor, a tensão acumulada...
Elize segurava firme o tecido da camisa dele, tentando não se perder antes da hora.
Quando as portas se abriram, ele a levou direto para a porta do apartamento.
Tudo nela queria abrir os olhos, mas o comando dele ecoava feito promessa.
Henrique colocou-a no chão com delicadeza. As mãos dele permaneceram na cintura dela por um instante longo demais.
— Continua com os olhos fechados — ele sussurrou, com a voz rouca.
Elize assentiu, sentindo os joelhos prestes a ceder.
Ele abriu a porta, guiou-a para dentro do apartamento. Cada passo, cada toque, era uma antecipação.
E então...
A porta se fechou atrás dela. A chave girou.
O som dos passos dele se aproximando fez seu corpo inteiro estremecer.
Henrique parou atrás dela, tão perto que ela podia sentir o calor da respiração dele na nuca.
— Você se comportou…? — ele perguntou, com a voz baixa, carregada.
Elize mal conseguiu responder.
Estava