Ela só ouviu isso. Foi como se o resto da aula nunca tivesse existido.
Fechou o caderno com um estalo, jogou o estojo dentro da mochila sem nem conferir se o zíper tava fechado direito e se levantou como um foguete.
Lúcia e Bianca seguiram atrás, rindo feito duas adolescentes em véspera de baile.
O coração de Elize batia no ritmo de quem não sabia o que esperar, mas já estava envolvida demais pra dar meia-volta.
Agora era real. Ele devia estar lá fora.
E se não estivesse?
Melhor não pensar nisso.
As luzes da fachada da faculdade refletiam nos carros estacionados, mas um em especial se destacava — preto, reluzente, com os faróis acesos como olhos atentos.
Henrique estava ali.
De pé, ao lado do carro, com a postura impecável de quem não só sabe que chama atenção… mas que faz isso de propósito.
O terno alinhado como se tivesse sido feito sob medida, a expressão sóbria, aquele olhar entre mistério e provocação.
Um lord inglês na frente da faculdade.
Elize começou a d