Elize acordou antes mesmo do despertador.
Na verdade, dormiu aos pedaços — rolando de um lado pro outro, com o estômago leve e a mente acelerada.
Não era preocupação com o que Henrique queria dizer. Ela mal pensava nisso.
Era o como ele ia dizer. E onde. E principalmente... com que roupa.
Passou a noite imaginando as cenas mais improváveis (e outras bem prováveis): os dois no jetski, com o corpo dela colado nas costas dele, as mãos firmes em volta da cintura, a água respingando, o calor do sol competindo com o calor do toque.
Quase teve que levantar no meio da madrugada pra tomar um banho gelado.
— Respira, Elize, murmurou. E aproveita, porque já não tem mais volta.
Depois de experimentar umas dez combinações de roupas, optou por um biquíni preto confortável, de alças firmes e calcinha bem segura — nada podia escapar.
Por cima, uma saída de praia branca, curta, de tecido leve, quase transparente.
Não era provocação, era sobrevivência ao calor — pelo menos era iss