(Emily)
A luz da manhã filtrava-se suavemente pelas cortinas do estúdio, desenhando formas abstratas no chão de madeira. Eu observava essas formas com um olhar distante, tentando encontrar nas sombras a direção que meu coração deveria seguir. Cada dia parecia me empurrar para mais perto de uma decisão, como se o universo exigisse que eu enfim escolhesse entre o passado que nunca me abandonou e o presente que tentava desesperadamente florescer.
Dylan vinha tentando. Com gestos pequenos, palavras sinceras, ele tentava reconstruir a ponte destruída entre nós. E eu, por mais machucada que estivesse, me via disposta a estender a mão. Não como quem esquece, mas como quem quer seguir em frente. Nosso laço, por mais comprometido que estivesse, ainda existia em algum lugar. E a ideia de vê-lo tentando se reaproximar de Alexander... era inesperada, mas trazia um calor estranho ao peito.
Naquela tarde, o estúdio fervilhava de ideias e pressa. O projeto que Sofia e eu liderávamos alcançava um pon