(Emily)
As palavras de Alexander ainda ecoavam na minha mente enquanto observava as luzes da cidade pela janela do táxi. A noite parecia suspensa no tempo, como se tudo ao meu redor estivesse esperando que eu tomasse uma decisão definitiva. Mas como escolher entre o passado que ainda queimava e o futuro que insistia em bater à porta?
Cheguei em casa sem saber exatamente o que estava sentindo. Alívio? Medo? Esperança? Talvez tudo isso ao mesmo tempo. Me joguei no sofá, ainda com os dedos formigando do toque de Alexander, da firmeza com que ele segurou minha mão. Havia verdade em seus olhos, mas a dor que carrego dentro de mim não desaparece tão fácil.
Sofia ligou mais tarde naquela noite, com a voz suave e preocupada.
— E então, como foi? — perguntou.
— Confuso… — suspirei. — Ele quer tentar. De novo.
— E você?
— Eu quero paz, Sofia. E ainda não sei se ele é minha guerra ou meu abrigo.
Ela ficou em silêncio por alguns segundos.
— Talvez seja os dois. Mas só você pode decidir o que está