Alexander
Ela escreveu.
Depois de meses de silêncio, de noites vazias e tentativas frustradas de fingir que não doía, ela finalmente escreveu. Suas palavras chegaram em uma manhã nublada, escondidas entre contas e documentos judiciais. Reconheci a caligrafia antes mesmo de abrir o envelope.
O mundo parou quando li seu nome assinado com um simples “E.”.
Cada linha era um sussurro do que fomos. Uma promessa contida. Uma dor que ainda latejava.
“Talvez eu volte.”
Quatro palavras. Quatro malditas palavras que incendiaram tudo dentro de mim.
Larguei tudo naquele instante.
Abandonei a reunião, ignorei as mensagens de Camille, mandei Julian para o inferno com sua intimação ridícula. Peguei as chaves do carro, dirigi sem rumo por horas. Precisava de ar, de espaço, de algo que me impedisse de correr atrás dela como um homem desesperado.
Porque era isso que eu era.
Desesperado.
Nos últimos meses, Camille tem tentado me manter sob controle. Usando sua influência nos bastidores, seus contatos duv