O último adeus na pista de pouso
Catarina Smith
Três dias se passaram desde aquele abraço no apartamento, e cada minuto foi uma nova forma de tortura deliciosa. Paul tinha se tornado o marido que eu sempre precisei. Ele estava presente, sendo coerente e envolvido.
Naquela manhã, no hangar particular do aeroporto, o ar estava carregado com o cheiro de querosene e a tensão de um adeus irrevogável. O jatinho que levaria meu pai, John Smith, para a Suíça, estava pronto na pista.
Eu estava de pé na escada da aeronave, abraçada ao homem que, apesar de todos os erros e ambições, ainda era a rocha que me moldou. John estava pálido e visivelmente mais fraco, mas a determinação em seus olhos era a mesma de sempre.
- Você tem o controle, minha menina. - ele sussurrou, a voz rouca. - A empresa é sua para liderar. Seus irmãos, Carlos e Caio, darão o apoio técnico, mas a visão é sua.
Catarina sentiu um nó na garganta.
- Eu sei, Pai. Vou cuidar de tudo. A prioridade agora é o seu tratament