Metamorfose da Luz
O Desfile de Catarina Smith em Paris
Catarina Smith
Eu estava ali, respirando a história, o peso e a glória do Carreau du Temple em Paris. Monsieur Dubois havia me lançado o desafio, e minha mente, febril de ideias, havia respondido com a promessa da "Metamorfose da Luz". Agora, era hora de entregar não só a visão, mas a alma da minha marca.
Lá fora, os convidados estavam sentados. A imprensa estava faminta. Eu podia sentir a expectativa, mas, diferente do backstage de casa, aqui eu estava em paz. Sabia exatamente o que faria.
O silêncio na sala foi quebrado pela abertura suave de "Clair de Lune" de Debussy. Não era uma batida frenética; era a calma que precede a tempestade, ou melhor, a transformação.
A primeira modelo entrou. A passarela, que havíamos coberto com um material refletor, parecia um lago sereno. O tecido... ah, o tecido! Ela vestia um vestido-casulo de um tom de lavanda pálida. Eu havia usado uma fibra orgânica reciclada, tratada com um revest