Charlotte
Senti que o mundo desabava sobre mim quando vi Frederick ir-se embora de mão dada com Helen. Engolindo em seco, respirei fundo.
«Quero que regressemos a casa, Dorian. Preciso de saber como está a minha mãe.»
Dorian virou-se para mim. Era muito mais alto e mal conseguia ver-lhe a cara por cima do seu ombro.
«Se a Dora se portar bem, os meus rapazes tratá-la-ão muito bem.»
«O meu pai deve estar a chegar, Dorian. Não quero que lhe aconteça nada por causa dos teus malditos caprichos.»
«É tua obrigação dizer-lhe para não vir. Pega no meu telefone e liga-lhe, diz-lhe para não vir à mansão, que vocês não estão.»
«Não vou fazer isso, cabrão!», respondi-lhe desafiante.
Dorian aproximou-se e apertou-me o braço com força, fazendo-me sentir dor.
«Olha, Charlotte, não quero que continues a tratar-me como te apetece. A partir de agora, para ti sou o teu amor. Se não me tratares assim, a tua vida tornar-se-á uma tortura. O simples facto de respirar será custoso. Ouviste-me?»
«É que não que