O Teatro Era Só Uma Desculpa
O GPS anunciou a próxima curva com sua voz robótica e calma, como se nada de extraordinário estivesse prestes a acontecer.
Eloise olhou pela janela, confusa.
— Emma… — começou, franzindo o cenho. — Tem certeza de que esse é o caminho certo?
— Absoluta. — respondeu Emma, concentrada no volante. — O GPS mandou seguir em frente.
O carro virou para uma rua larga, ladeada por árvores antigas e portões elegantes.
Eloise reconheceu o bairro de imediato.
— Espera aí… isso aqui é um condomínio.
— Eu sei. — respondeu Emma, fingindo surpresa. — O endereço do teatro é esse. Vai entender, né?
Sofia deu um risinho nervoso. — É, bem… talvez o evento não seja no teatro, e a gente se enganou.
— Pode ser. — murmurou Nathalia, olhando em volta de forma teatral. — O bom é que estamos adiantadas.
O carro passou pela portaria, e o segurança abriu o portão com um sorriso discreto.
Eloise, intrigada, observou o visor do GPS piscando.
O destino final se aproximava.
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