O Dia Azul
O relógio marcava quase meio-dia quando o motorista estacionou em frente ao Spa Le Jardin.
O prédio de vidro refletia o sol do outono, e Eloise desceu do carro com aquele misto de surpresa e curiosidade — ainda sem entender como tinha sido “sorteada” para um dia de puro luxo.
Assim que entrou, foi recebida com um sorriso gentil e o som suave de violinos ao fundo.
O ambiente exalava tranquilidade — velas aromáticas, flores brancas e o cheiro de lavanda preenchendo o ar.
A tarde passou devagar, como se o tempo tivesse aprendido a respirar.
Massagem com óleos orientais, esfoliação com sais importados do Mar Morto, banho de hidromassagem com pétalas frescas, unhas feitas, cabelos impecáveis.
Cada detalhe parecia ter sido planejado com carinho, como se o universo inteiro tivesse decidido que Eloise merecia uma pausa.
Quando saiu de lá, o relógio marcava quatro da tarde.
O sol dourava as fachadas dos prédios, o vento outonal dançava entre as folhas amareladas, e o céu ti