Thomas não foi embora.
Ele ficou lá.
Parado na calçada.
Encostado no carro.
A madrugada inteira.
Como se vigiar a porta do prédio fosse a única forma de segurar o que já estava escorrendo pelos dedos.
Lá em cima…
Sofia chorou até o corpo não ter mais água.
Emma fez cafuné.
Laís trouxe chocolate.
Nathalia xingou Thomas umas vinte vezes.
Eloise ficou no celular com ela, mesmo com Cecília dormindo no colo.
— Chora, amiga… mas não se diminui. — Nathalia sussurrou.
Quando elas dormiram espalhadas pela sala…
Sofia ficou acordada.
Olhando o teto.
Tentando achar onde foi que o amor se perdeu.
Talvez não tenha se perdido.
Talvez tenha sido arrancado.
O sol já piscava pela janela quando ela levantou.
O rosto inchado.
O peito vazio.
Foi até o banheiro.
Ela encarou o espelho.
A alma cansada.
Mas a voz… firme.
— Chega, Sofia. — murmurou para si mesma. — Você precisa acordar. Tem as provas finais... e a OAB aí na porta. A vida não vai esperar voc