Os dias passaram correndo, como quem não olha para trás.
Provas. Viradas de noite. Café demais.
E Thomas…
Sempre o mesmo.
Frio.
Distante.
E Sofia continuava mergulhada nos livros e em qualquer assunto que fizesse ela esquecer os assuntos do coração.
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O café estava cheio, e a luz do sol iluminava a xícara de cappuccino com chantilly ao lado do notebook.
Sofia digitava com foco… até a sensação de alguém parado ao seu lado fazer a espinha gelar.
Ela levantou o olhar.
Fardada.
Sorriso falso.
Bruna.
— Olá, Sofia. Tudo bem? — disse com doçura ensaiada.
— Oi, Bruna. Tudo bem e você? — Sofia devolveu um sorriso educado. Educado demais.
— Tá sumida. Não aparece mais na delegacia… nem com o Thomas. Ele tem trabalhado muito. Às vezes, a gente até janta junto.
Aquela frase foi um tiro bem encaixado.
Sofia engoliu o gosto amargo, mas manteve o sorriso.
— Ah, é. Reta final da faculdade… e ele focado na investigação do meu sequestro. Estou sumida apenas da delegacia, não do Th