— Pode deixar a bolsa onde quiser. Ele disse, tirando o casaco e passando a mão pelo cabelo ainda molhado de chuva.
Camille observou o gesto. E desejou não ter observado, Adam se aproximou devagar.
— Você está tremendo. Ele disse, a voz baixa.
— Eu… estou nervosa. Foi muita coisa, ela admitiu.
— E você se sente segura aqui? Ele perguntou, tão direto que arrancou dela a verdade sem defesa.
Camille ergueu os olhos.
— Sim.
Ele não sorriu. Mas algo na expressão dele suavizou. Adam pegou um cobertor no sofá e envolveu nos ombros dela sem pedir permissão. As mãos dele roçaram a pele da clavícula dela. Ela respirou bruscamente.
— Adam…
— Você devia descansar. Ele disse, num tom que era metade cuidado… e metade comando.
— E você?
Ele hesitou apenas um segundo.
— Estarei aqui. Vou revisar os arquivos até Marcus mandar retorno.
Camille tocou o pulso dele, um gesto involuntário, impulsivo. Adam congelou. Os dois ficaram ali, a um passo um do outro, o ar denso, quente demais para a tempestad