A chuva fina deixava Westbridge com cheiro de ferro e pressa. Adam estacionou de qualquer jeito em frente ao prédio de Camille, saltando do carro antes mesmo do motor desligar. Ele subiu as escadas com passos largos, o coração martelando. Bateu na porta uma vez.
— Camille? Nada. Camille, abre. Sou eu.
A fechadura gira. A porta abriu só o suficiente para revelar os olhos dela, grandes, tensos, assustados. Quando ela o viu, os ombros relaxaram apenas um milímetro.
— Adam…
Ele entrou sem pedir permissão. O apartamento estava um caos calculado: documentos no chão, gavetas abertas, uma caixa vazia perto da porta dos fundos, a luz da sala acesa, mesmo com Camille jurando que havia apagado antes de sair Adam analisou tudo como quem sabe exatamente o que procurar.
— Não parece furto.
— Eu sei. Camille respondeu, cruzando os braços sobre o próprio peito. Eles mexeram em tudo o que tinha seu relatório… e nos meus arquivos pessoais.
Adam virou o rosto para ela.
— Não estão tentando roubar n