por Ethan
Eu não deveria estar assim.
Mas desde o momento em que Hanna respondeu minha mensagem dizendo que havia ido a um happy hour com o pessoal da filial, meu corpo inteiro entrou em um estado de alerta que eu não sabia controlar.
Happy hour.
Um detalhe simples, banal.
Normal.
Mas tudo em mim reagiu como se fosse um sinal de perigo.
Eu me sentei à beira da cama, o celular ainda na mão, relendo cada frase dela, buscando alguma entrelinha, algum indício do que ela realmente quis dizer.
“Foi divertido.”
Divertido.
Eu fechei os olhos e senti um incômodo amargo no peito.
Era irracional.
Era absurdo.
Mas a ideia de alguém tentando se aproximar dela — dela — fez algo quente e ácido ferver dentro de mim.
E quando ela disse que estava pensando no Brasil… e depois confirmou que estava pensando em mim…
Meu coração acelerou tanto que eu tive que respirar fundo.
E ainda assim, não consegui dormir.
Deitei. Levantei. Andei pelo quarto.
Abri a janela. Fechei.