Ethan
Saí do apartamento da Hanna com o corpo quente e a cabeça em ebulição. A porta mal tinha fechado atrás de mim e eu já sabia: não tinha mais volta.
Eu queria ela.
Queria a presença dela, o jeito dela morder o lábio quando pensa, o silêncio confortável que a gente divide…
E queria aquilo de novo — a noite inteira, todas as noites.
Mas ela estava indo embora.
E eu não aceitava a ideia de ficar longe.
Desci no elevador ainda sentindo o cheiro dela na minha camisa. Merda. Eu estava ferrado.
Quando cheguei no escritório, Gabriela já tinha deixado tudo pronto sobre minha mesa.
E naquela pasta estava a confirmação final: minha viagem para os Estados Unidos sairia dentro de poucas semanas, como eu tinha solicitado ainda antes daquela noite acontecer.
Mas agora…
agora tinha outro peso.
Outro motivo.
Eu abri a pasta, revisei tudo rapidamente, mas nem absorvi. Minha mente só repetia o mesmo nome: Hanna.
Peguei o celular, digitei uma mensagem — “ Boa viagem, Hanna