Ana
Eu ainda estava parada no mesmo lugar, com o coração correndo como se quisesse fugir sozinho do meu corpo. Mark não se mexia. Só me olhava com aqueles olhos cheios de uma culpa que não me servia mais pra nada.
A bolsa ainda estava caída no chão, espalhando todas as minhas coisas, maquiagem, identidade e a carteira aberta bem aos meus pés deixando meus cartões e o pouco de dinheiro que eu tinha disponível para qualquer um pegar. Parte de mim queria me abaixar e recolher, fingir que nada daquilo estava acontecendo. Outra parte queria sair correndo e nunca mais olhar pra trás.
— Ana — ele disse outra vez, a voz mais baixa, quase implorando. — Eu não vim aqui pra brigar. Eu vim porque… eu preciso que você saiba que eu ainda te amo.
As pessoas passavam, algumas olhavam de canto, curiosas. Mas ninguém se metia. Era como se o mundo inteiro tivesse desaparecido e só sobrasse eu e ele, presos num loop maldito.
Eu respirei fundo, tentando achar uma saída dentro da minha própria mente. Mas s