Ana
O fim de semana tinha sido perfeito. Daqueles que davam vontade de guardar em uma caixinha e abrir nos dias ruins só pra respirar de novo. Cinema no quintal, pizza feita na hora, chocolate importado, carinho, beijo, mãos que pareciam feitas pra mim.
Eu fui pra casa dele desconfiando de meio mundo e voltei apaixonada como se fosse a primeira semana de namoro.
Era ridículo o quanto aquele homem conseguia mexer comigo.
Mas aí a segunda-feira chegou.
E junto com ela, a realidade.
Eu acordava, olhava o celular, e lá estavam… nada.
Nenhuma mensagem. Nenhum “bom dia, amor”. Nenhuma ligação perdida. Nenhuma figurinha cafona de casal apaixonado.
Três dias.
TRÊS.
Eu não queria admitir, mas aquilo doía.
O que adiantava ele ser um príncipe encantado no fim de semana se, durante a semana, eu mal sabia se ele estava vivo? Tudo bem que o trabalho dele era pesado, que ele tinha responsabilidade até o pescoço, que chefe deve cobrar ele até no banho… mas custava responder?
De manhã, eu ainda esper