Pov. Isabella
O elevador parecia subir em câmera lenta, como se cada andar fosse uma nova sentença a se cumprir. Eu tentava respirar, controlar a tremedeira nas mãos, mas o medo era maior do que qualquer esforço racional.
O conselho. Helena. E meu nome na linha de tiro.
Ethan estava ao meu lado, sólido como uma muralha. A presença dele era o único motivo de eu ainda estar em pé.
— Ouça — ele disse baixinho — não importa o que aconteça lá dentro. Você não está sozinha.
Olhei para ele e senti aquela segurança proibida invadindo meu peito.
— Eu sei — respondi com a voz mais firme que consegui.
Mas saber não tornava mais fácil. A porta da sala do conselho se abriu com um ranger autoritário. Ali estavam eles: os donos das decisões. Homens e mulheres poderosos, acostumados a olhar ossos e dilacerar carreiras com um levantar de mãos. E Helena, ao centro, sentada como se fosse a verdadeira imperadora do lugar. Seu sorriso era o retrato da arrogância.
— Isabella — ela me cumprimentou como quem