Pov. Ethan
A manhã chegou devagar, arrastando consigo o peso de uma noite que parecia não ter fim.
A luz fraca do sol entrava pelas cortinas semiabertas, e a primeira coisa que vi ao abrir os olhos foi o reflexo vazio no espelho ao lado da cama.
Helena dormia ao meu lado, tranquila, o rosto sereno sobre o travesseiro de seda.
Mas nada naquele cenário transmitia paz. Tudo parecia… fora do lugar.
Sentei-me à beira da cama, esfregando as têmporas, tentando afastar o eco da noite anterior.
O baile, as conversas, os flashes das câmeras… e ela. Isabella.
Seu nome pulsava na minha mente como uma ferida aberta.
O modo como me olhou antes de ir embora — firme, mas carregado de algo que eu não conseguia decifrar — me perseguia desde então.
Eu deveria ter me mantido distante. Deveria ter fingido não vê-la. Mas a simples visão dela, depois de tantos anos, desarmou qualquer muro que eu tivesse construído.
E agora, com o corpo cansado e a mente em guerra, eu sabia: o controle que tanto prezava esta