A brisa de Paris era leve naquela manhã em que Matteo e Isabelle desembarcaram, com os olhos brilhando como se o mundo tivesse parado só para eles. O céu nublado emprestava um charme sereno à cidade, e o vento, que soprava entre os prédios antigos, parecia celebrar o início daquela lua-de-mel que prometia mais do que viagens — prometia cura.
Abraçada ao braço de Matteo, Isabelle sentia o coração acelerar toda vez que vislumbrava, ao longe, a silhueta imponente da Torre Eiffel. Ele sorria para ela com ternura e, vez ou outra, a beijava de leve na têmpora, como se dissesse, sem palavras, que ela era tudo o que importava.
— É a nossa primeira parada — murmurou ele, ao desembarcarem as malas no saguão do hotel boutique em Saint-Germain.
O lugar era acolhedor, com paredes forradas em linho cru e pequenos vasos de tulipas cor-de-rosa sobre as mesas de canto. A atmosfera era delicada, quase poética. Isabelle sentiu que ali começava algo novo, algo só deles — longe dos fantasmas, das cicatriz