O céu sobre o Lago Léman estava encoberto por nuvens cor de chumbo, e a brisa que vinha da água agitava suavemente as cortinas de linho da varanda. Isabelle, com quase nove meses de gestação, ajoelhava-se delicadamente no jardim dos fundos, colhendo as folhas secas das roseiras que ela mesma cuidava desde o início da primavera. O vestido de algodão branco esvoaçava ao redor de seus quadris, e a curva arredondada da barriga era uma escultura viva de amor e renascimento.
Matteo a observava em silêncio, sentado em uma espreguiçadeira de vime, o queixo apoiado na mão. Os olhos negros percorriam cada movimento dela como se estivesse vendo uma obra de arte em constante criação. Nunca, em toda sua vida, imaginou que o amor pudesse tomar forma tão plena. A mulher que um dia surgira em sua vida como sombra de uma tragédia agora florescia como mãe, sua mulher, a mãe de sua filha.
— Nem mesmo um império inteiro poderia torná-la mais bela do que é agora — pensou em silêncio, sentindo o peito se a