Capítulo 72 – Lágrima na Tela

No imenso salão de seu palácio em Taormina, Dominico estava sozinho. As janelas imensas estavam cobertas por cortinas de linho espesso, filtrando a luz dourada do entardecer siciliano. O ambiente, normalmente vibrante com ecos de passos e ordens secas, estava em silêncio absoluto. O único som era o leve chiado do telão que ocupava metade da parede de mármore branco, transmitindo, em alta definição e em tempo real, o casamento de Matteo Eisenberg e Isabelle Marchand.

Ele não queria assistir. Não planejava. Mas ali estava. Plantado como pedra, afundado em uma poltrona de couro escuro, encarando cada detalhe como se sua própria vida estivesse sendo arrancada dele, cena por cena.

As pilastras antigas, as tapeçarias vermelhas e os painéis dourados envolviam a sala numa penumbra solene — e, no centro de tudo, a tela brilhava como um altar profano. Impossível ignorar. Impossível piscar.

O tapete claro do salão suíço, os lustres imensos refletindo cristais, a música ao fundo e, enfim... ela.

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