Dominico caminhava de um lado para o outro no quarto luxuoso do hotel cinco estrelas em Genebra, como um leão enjaulado. Seu rosto estava sombrio, a barba cerrada desenhava traços ainda mais duros em seu semblante. Desde que soubera da internação de Isabelle, não conseguia descansar. A notícia o atingiu como uma facada no peito: ela havia sido hospitalizada às pressas, entre a vida e a morte. Ninguém sabia exatamente o que havia acontecido, mas ele sabia… Sentia.
A culpa o esmagava. O gosto doce da última noite com ela ainda queimava sua boca, mas não era prazer o que restava. Era angústia.
Dominico já tivera incontáveis mulheres. Lindas. Poderosas. Inesquecíveis. Elas o desejavam, se jogavam a seus pés. Mas Isabelle era diferente. Havia nela uma luz que nem mesmo sua escuridão conseguiu apagar. Uma doçura inocente que o desarmava por completo. Seu corpo parecia esculpido para ele. Seu cheiro, sua pele, o som dos gemidos... Tudo nela era viciante.
Mas os olhos azuis... ah, aqueles olh