O silêncio naquela sala era ensurdecedor. Isabelle continuava deitada no chão, com o vestido parcialmente enrolado ao corpo, a pele ainda quente e trêmula, como se tentasse negar o que havia acontecido ali.
Mas havia provas demais.
Seu corpo molhado.
Seus músculos exaustos.
Seus lábios feridos de tanto beijar.
E principalmente, a dor nos olhos.
Ela se ergueu com esforço, os cabelos desgrenhados cobrindo parte do rosto. Os joelhos vacilaram, e ela precisou apoiar-se na parede para conseguir levantar completamente. Ainda sentia o toque dele… o gosto… o calor…
Com os dedos trêmulos, alisou o tecido do vestido, recompôs-se como pôde, tentando esconder as marcas da entrega — como se aquilo apagasse o que já estava cravado em sua alma.
Subiu as escadas com passos arrastados, como quem carrega um fardo invisível. Cada degrau parecia pesar toneladas. Quando entrou no quarto, trancou a porta e encostou-se nela por alguns segundos, até deslizar lentamente até o chão.
Tapou a boca com as mãos, t