O quarto era úmido, escuro e gelado. Uma nesga de luz invadia o ambiente através de uma pequena abertura gradeada no alto da parede, revelando partículas de poeira dançando no ar. Isabelle despertou lentamente. Sua cabeça latejava, e seus braços doíam de forma insuportável. Estavam presos por cordas ásperas a um cano enferrujado. Tentou se mexer, mas a rigidez da posição a impediu. Estava sentada no chão frio, os pulsos marcados pelo aperto das cordas.
O coração acelerou.
Tentou se lembrar do que havia acontecido... Estava no jardim, cuidando das rosas. A última imagem que vinha à mente era a visão de suas mãos com as luvas sujas de terra... E depois... escuridão.
De repente, a maçaneta girou com um estalo seco. A porta de ferro rangeu ao se abrir, revelando a silhueta de um homem alto, vestindo roupas escuras. Ele segurava um celular no ouvido e falava em italiano:
— Capo, lei si è svegliata. (Chefe, ela acordou.)
Isabelle estremeceu. Tentou perguntar onde estava, quem eram, mas sua