As semanas se arrastavam lentamente desde o retorno de Dubai. Duas, para ser exata. Quatorze dias desde a última vez em que Isabelle ouviu a voz grave de Matteo, sentiu seu toque, ou sequer recebeu um simples "como você está?".

Ela esperava. A cada manhã, esperava. A cada notificação no celular, o coração saltava. Mas nada. Nenhuma mensagem. Nenhuma ligação. Nenhuma convocação para um novo compromisso.

Depois de tudo o que viveram — os jantares, os olhares, as noites de prazer — ele simplesmente sumira.

Será que tinha sido mesmo só um jogo?

Isabelle se sentia tola. Mais do que isso: se sentia descartável. Ela, que se entregou inteira. Ela, que disse "eu te amo" sem ser ouvida, que acordou envolta nos braços dele, se permitindo sonhar... agora estava apenas tentando se manter de pé.

...

Tentava preencher o vazio com atividades que a afastassem da dor.

Passava horas tocando piano — às vezes com tanta intensidade que seus dedos doíam. Saía para almoçar com Sophie, que sempre tentava anim