O silêncio que se seguiu à reunião no salão parecia ainda mais opressor do que o próprio confronto. Mesmo depois que o patriarca encerrou a conversa, ninguém se sentia à vontade para retomar os assuntos do dia como se nada tivesse acontecido. O nome de Isabelle ainda pairava no ar como um gatilho, e todos sabiam que o assunto não estava encerrado.
Dominico deixou o salão sem se despedir, a postura rígida, o olhar fixo à frente. Quem o conhecia de verdade sabia que, quando ele estava nesse estado, a tempestade vinha silenciosa, mas devastadora. O barulho ritmado dos sapatos no mármore ecoava como um aviso para qualquer um que tivesse a ousadia de se colocar no caminho dele.
Assim que entrou no escritório particular, fechou a porta e ficou alguns segundos parado, respirando fundo. Não era só raiva. Era o peso do desrespeito. Isabelle era sua, e não havia nada mais sagrado para ele do que a lealdade dela e o direito de ser o único homem a tocá-la. Outro homem não apenas havia atravessado