Dominico permaneceu imóvel por alguns segundos após ouvir as palavras de Lizandra. Seus olhos negros, profundos como um abismo, fixaram-se nela de um jeito que fez a sala parecer menor, sufocante. O ar estava pesado, carregado de algo que não era apenas raiva — era um ciúme primitivo, possessivo, a fúria de um homem que sabia que seu território fora invadido.
Quando finalmente falou, sua voz saiu baixa, grave, mas tão cortante quanto uma lâmina recém-afiada.
— Lave a boca antes de falar o nome de Isabelle.
Lizandra tentou sustentar o olhar, mas um arrepio percorreu-lhe a espinha.
— Eu só achei que…
— Você não acha nada — ele a cortou, avançando um passo, a presença dele ocupando todo o espaço entre eles. — Está por um fio para ser expulsa desta casa. E se eu descobrir que está criando alguma situação para difamar Isabelle… vai pagar caro. Muito caro.
Não havia hesitação na voz. Era uma promessa mortal. Lizandra, que tantas vezes brincara com provocações e insinuações, sentiu pela prim