Na manhã seguinte ao emocionante ultrassom, Isabelle despertou com o coração mais leve do que se lembrava. O sol de Genebra ainda desenhava triângulos de luz sobre o lençol de linho quando ela se sentou à beira da cama, os olhos já marejados de antecipação. Com a respiração contida, pegou o celular e discou o número de Sophie. Cada toque no visor era uma promessa de compartilhar não apenas notícias, mas um pedaço da própria alma.
— Alô? — atendeu Sophie, ainda entre o sono e o café da manhã.
— Sophie, sou eu! — exclamou Isabelle, a voz vibrando de alegria. — Adivinha… nós fomos ao obstetra ontem e…
— Calma, Isa! Respira fundo — pediu Sophie, já despertando por completo. — O que aconteceu dessa vez?
Isabelle fechou os olhos por um instante, imaginando Sophie diante da escrivaninha, ajeitando o cabelo antes de começar mais um dia de audiências. Depois falou, pausadamente:
— Descobrimos que… são gêmeos.
No silêncio que se seguiu, Sophie precisou de alguns segundos para reunir as palavras