A escada rangia sob os passos cuidadosos de Beatriz. O cheiro de terra úmida e mofo invadiu suas narinas à medida que descia. Cada degrau parecia levá-la mais fundo em um lugar desconhecido e potencialmente perigoso. Fernando vinha logo atrás, ajudando a carregar Davi, enquanto Samuel guiava o caminho com passos firmes.
As paredes de pedra do porão estavam cobertas por musgo, e tochas velhas estavam fixadas ao longo dos corredores estreitos. O ambiente parecia ter sido habitado há muito tempo, mas ainda assim possuía um ar de refúgio temporário.
— Aqui. Coloquem-no sobre aquela mesa. — Samuel indicou, apontando para uma mesa improvisada no canto do espaço.
Beatriz ajudou a deitar Davi cuidadosamente. Ele estava pálido, os lábios rachados pela febre, e seu peito subia e descia com esforço. O desespero cresceu dentro dela.
— O que exatamente você tem que pode ajudá-lo? — Ela perguntou, sua voz carregada de desconfiança e urgência.
Samuel abriu uma caixa de madeira e retirou um pequeno fr