O silêncio dentro do porão foi quebrado pelo som de passos pesados no andar de cima. Beatriz sentiu a tensão apertar seu peito como um ferro quente. O coração martelava em seu peito enquanto seus dedos se fechavam ao redor da arma. Fernando, ao seu lado, respirava com dificuldade, mas sua mão permanecia firme sobre o cabo da pistola. Davi continuava desacordado, alheio ao perigo crescente ao redor deles.
Samuel subiu os primeiros degraus da escada, parando antes de abrir a porta. Ele olhou para Beatriz e Fernando uma última vez, como se quisesse garantir que estavam prontos para qualquer coisa.
— Se eu não voltar em cinco minutos, corram. — Ele murmurou antes de girar a maçaneta e desaparecer.
A porta se fechou atrás dele, e Beatriz prendeu a respiração. O som das vozes no andar de cima ficou mais claro. Palavras soltas chegavam até ela:
— ...eles estão escondidos...
— ...não podem ter sumido...
— ...se tiverem algo de valor, é nosso...
A raiva cresceu dentro de Beatriz. Não bastava e