O lançamento de Gente Que Fica Pela Metade foi um marco para a Constela Editora.
A capa minimalista — só o título em vermelho sobre fundo cinza e uma rachadura em forma de coração no centro — chamou atenção desde a primeira postagem. Não era um livro de amor, mas também não era um livro de dor comum. Era um grito. Um pedido de socorro transformado em literatura.
E Lian se tornara, de repente, o novo rosto da juventude quebrada.
As redes sociais o abraçaram. Vídeos de trechos do livro circulavam com trilhas melancólicas. Frases suas estampavam camisetas alternativas, legendas de stories, tatuagens impulsivas.
Aurora assistia tudo com um sentimento misto.
Orgulho, por ter acreditado.
Medo, por ter se envolvido demais.
Culpa, por não saber até onde ela havia ajudado… e até onde havia cruzado limites.
Davi, apesar de mais distante, também reconhecia a força da obra.
— O menino escreve como se cada linha fosse sua última chance — comentou. — Dá pra sentir a urgência em cada palavra.
— Porq