PONTO DE VISTA DE RAFAEL
Naquela mesma tarde de sol ameno, convidei Isabela para vir para a minha casa. O céu, um azul límpido pontilhado por nuvens esparsas, criava uma atmosfera de tranquilidade, daquelas que inspiram a gestos simples, porém carregados de significado.
Emma surgiu da varanda correndo, sua pequena enxada de brinquedo na mão, a animação estampada no rosto. Logo atrás, Isabela caminhava com um sorriso divertido, equilibrando um regador verde e três mudas de lavanda roxa em seus braços.
"Se essa energia toda virar crescimento, teremos uma floresta particular em breve," comentou Isabela, entregando-me um dos vasos de cerâmica.
"Com você por perto, deixo o quintal virar o que quiser," respondi, meu olhar encontrando o dela por um instante.
Isabela desviou os olhos, um rubor suave colorindo suas bochechas, mas o sorriso que persistia em seus lábios falava por si só.
O quintal, um espaço modesto nos fundos da casa, sempre foi meu refúgio particular. Ali, gostava de div